Wednesday, 10 March 2010

ART - TATE BRITAN


Na última segunda, fui conferir de perto as exposições do Henry Moore e do Chris Ofili que estão na Tate Britan e que falei no post do dia 28/fev. 
São ótimas!!
Se você reservar duas a três horas da sua agenda para isso, é suficiente. A não ser que você faça parte do time de “ratos de museu”, que passam o dia e ficam horas em frente a uma obra. Eu não sou assim. Adoro arte. Adoro ler sobre o que estava acontecendo naquela fase do artista, afinal ela reflete diretamente na obra, mas não sou da turma que fica tentando decifrá-lo. Deixo isso para quem estudou o assunto. Me reservo na posição de admiradora.

Henry Moore está imbatível. Tem um número grande de suas obras. As que mais me  impressionaram foram as esculturas da série  “Figura reclinada” em madeira. Quando vi as peças que estão na última sala da exposição, congelei. Elas são incríveis…..realmente um belo trabalho.
Tem uma sensibilidade naquelas esculturas e um respeito com a matéria-prima, que me deixou boba.  Só isso, valeu todo os pounds investidos no ticket.


Não deixe de ver os estudos do escultor, são bárbaros.
Uma coisa legal que se vê muito por esses lados, são adolescentes e crianças tendo aulas dentro dos museus. Na exposição do Henry Moore tinham uma turma grande de garotos e garotas entre 15 a 20 anos, reproduzindo nos seus cadernos, as obras do escultor. Isso é demais.

No andar de cima do museu, está a do Chris Ofili. Ela tem uma coisa que chama a atenção de todo mundo que entra para vê-la. Todas as telas da primeira fase do pintor, estão apoiadas em "elephant dung". Inclusive ele  faz uso disso em algumas de suas obras. 

Nessa fase, o seu trabalho tem uma influência forte da Africa e de sexo. Independente de ser um britânico, você consegue perceber nitidamente que estamos falando de um "black guy" e isso deixa a obra dele mais interessante ainda.
Vi algumas pessoas incomodadas com essa mistura de sexo, elephant dung e figuras africanas, mas não é nada agressivo, pode ter certeza. É mais diferente, do que exatamente agressivo. 
Pertubador, na minha opinião, foram as telas que vi depois.
Na penúltima sala onde tem trabalhos de 2006/2007 e na última sala, com os de 2007 a 2009, tive a impressão de estar vendo trabalhos de outro artista.
A maioria delas é só uso de óleo sobre a tela. Ele não faz mais uso de resina, colagem ou glitter. 
No ROOM 6, são 04 telas em tons de azul escuro, muito fortes. Tudo realmente é muito forte. O traço, as cores e os desenhos, que são quase indecifráveis. 


No ROOM 7, suas obras perdem a conotação alegre e se mostram tão fortes e sombrias quanto as anteriores. É nítido que a nova inspiração do artista vem carregado de temas bíblicos e espirituais. Tem obras chamadas de “ritual e resisitência”, “dance in shadow”, “death e the roses”. 



Música e arte, na minha opinião, trabalham com sensações e elas são muito particulares. Sei que isso faz parte da palavra "ARTE". 
Essas duas exposições são uma mistura de beleza, surpresa, desconforto, com outros sentimentos.

Meu trajeto começou no Henry Moore, fui para o Chris Ofili , dediquei alguns minutos a admirar o prédio (que é lindo!) e fiz "pit stop" na livraria, "of course"!!! A Tate sempre tem ótimas coisas, inclusives presentinhos bacanas para se levar de lembrança. 

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